Cherreads

Chapter 3 - O peso dos universos estão em cima de mim e Peter.

Ao encontrarmos o mendigo que nos avisara do problema ele suspirou baixinho, como se estivesse fazendo uma péssima escolha antes de pegar nossos pulsos e começar a correr. No começo da corrida ele corria como uma pessoa normal, até começar a aumentar a velocidade cada vez mais, até ao ponto que não sentisse mais meus pés tocando o chão, então ele nos puxou e nos colocou de cada ombro dele. Meus cabelos se embaraçara mais do que já eram, e pelo visto o cabelo do Peter Pan também se embaraçara, quando o homem que nos carregara nos braços parou percebi que estávamos perto de um centro de alguma cidade. Ele nos colocou no chão e depois foi até um canto meio insolado de lá, esperando que nós o seguissemos, o que fizemos. Ele pingarrea para chamar nossa atenção e começou a falar:

— Olha só, eu preciso da ajuda de vocês dois... O que está para acontecer entre os deuses é muito grave.

Peter o olhou com confusão e meio irritado, franzindo as sobrancelhas enquanto começara a falar, seu tom ficara mais irritante do que era:

— Primeiro o senhor nos pergunta se acreditamos em coisas irreais, nos faz fugir como gazelas, nos carrega até esse lugar e fala que os deuses ou sei lá o que precisam de nós. Além de que você não pode ser humano.

O sem-teto o escuta, antes de olhar para os lados para ver se ninguém o veria, então levou a mão até a boina surrada que estava em sua cabeça e a tira. Assim que ele a tira seus cabelos meio grisalhos e sujos se transformam em cabelos castanhos, quase puxados para o ruivo em um formato meio redondo curto: sua barba mal cuidada não estava mais em seu rosto também, os olhos azuis vibrantes que antes caídos de cansaço agora pareciam afiados, mas gentis, suas roupas surradas se transformaram em uma roupa branca, prendida somente por um pingente dourado acima do ombro direito e um cordão na cintura, para não mostrar nada... Indesejado. Seu físico era perfeitamente esculpido, mas não muito para parecer estranho. Ele parecia ter cerca de 20 anos e quando falou, sua voz era mais melódica, mas nem rouca, nem grave, no tom perfeito:

— Olha só, sei que é difícil acreditar, mas preciso que o façam.

— Não sabemos nem o seu nome.

— Cer... Certo. Me chamem de Beo, tudo bem? Vou explicar para você meio resumido. Não sei se vocês já escutaram sobre a mitologia Nórdica e a grega, mas quero que saibam que são reais, os dois universos estão em perigo e precisamos de vocês dois. Existem três realidades paralelas: a que reside os deuses gregos, as que residem os deuses Nórdicos e o de vocês, mortais comuns. Todos esses "mitos" são reais, apenas não comprovados pelos mortais. Às vezes os deuses simplesmente se cansavam do mundo deles e viram até os dos mortais para se "divertirem". Os deuses de ambos os lados fizeram uma promessa de nunca mais virem aqui, porém dois deuses quebraram suas promessas, um de cada lado. Eu e mais seis buscadores viemos ao mundo mortal para buscar os semideuses por todos os continentes que residiram aqui para deixá-los em segurança das criaturas que saíram dos dois universos.

Eu não sabia se acreditava no que ele dizia ou se simplesmente saísse correndo pedindo ajuda. Olhei para Peter, que virava os olhos para me olhar de soslaio, igualmente incrédulo, provavelmente pensara o mesmo que eu. Beo olhava ao redor meio inquieto, antes de voltar o olhar para nós. Eu me pus a dispor de responder, olhando nos olhos cristalinos dele, minha voz saindo mais rouca que pretendia:

— O.K. E esses "semideuses" seriam Nós? E quem são nossos pais?

Peter entre olhava entre mim e Beo, que me observara com atenção, até me interromper antes que eu perguntasse mais coisas que não gostaria de responder:

— Olha, eu não sei, O.K? Sim, os semideuses são vocês dois. E os deuses culpados ainda não se entregaram. Talvez deixem algum possível sinal ou algo do tipo.

— Isso claramente é muito informação para minha cabeça...

Peter finalmente falou, fazendo eu olhar pela visão periférica em direção a ele. Então saindo do mundinho que se passara na cabeça dele, ele questiona:

— E o que faremos agora?

Beo nos olhou nos olhos, então nos deu um sorriso encantador:

— Iremos para minha realidade: A nórdica!

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