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A névoa colorida da nebulosa girava lentamente ao redor do Leviatã, a paisagem cósmica um cenário perfeito para a declaração de um novo deus. Os líderes da frota, antes arrogantes em seus tronos, agora eram meros espectadores, suas mentes absorvendo cada palavra de John.
"Não estou aqui para impor minha vontade pela força bruta", continuou John, sua voz ecoando a sabedoria que absorvera do Criador Primordial. "Estou aqui para lhe dar uma escolha. Você pode continuar seus ciclos de conflito, de autodestruição, de busca por um poder que acabará por consumi-lo. Ou você pode aprender. Você pode mudar."
Ele projetou outra imagem, a visão de um multiverso interconectado onde civilizações floresceriam em harmonia, compartilhando recursos, conhecimento e propósito. Um multiverso onde a evolução seria impulsionada pela cooperação, não pela guerra.
"Eu lhes ofereço uma nova direção. O conhecimento que adquiri, a tecnologia que construí, o poder que possuo — tudo isso pode ser compartilhado, se vocês se mostrarem dignos. Se vocês abraçarem a verdadeira essência da vida: amor, compaixão e ajudar os outros. Aqueles que buscam poder apenas para si mesmos perecerão. Aqueles que usam o poder para proteger e elevar prosperarão."
O silêncio era absoluto. A enormidade da proposta de Jhon pesava na mente dos líderes. Uma nova era. Um novo caminho. Ou a continuação do velho ciclo, agora com uma ameaça iminente pairando sobre eles.
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Na ponte do Leviatã, Loli observava as reações, seus sistemas processando a hesitação e a contemplação de seus superiores. Ela sabia que a decisão de Jhon de se revelar e propor esta nova ordem era um risco, mas necessário. As esposas de Jhon, com seus bebês dormindo pacificamente, sentiam a tensão, mas também a esperança.
Jhon, com sua consciência onipresente, percebeu a resistência em algumas mentes, o ceticismo, o orgulho ferido. Mas também percebeu a semente da esperança, o desejo por algo melhor em outros.
"Vou lhe dar tempo para refletir sobre minhas palavras", disse John, com a voz mais baixa, mas mantendo a autoridade. "Não há coerção, apenas verdade. Você verá os resultados de suas escolhas. Continuarei minha jornada, explorando este e outros multiversos, garantindo equilíbrio e evolução. Mas a oportunidade de se juntar a um propósito maior está diante de você."
Ele permitiu que a pausa se prolongasse, a nebulosa primordial testemunhando a gravidade do momento.
E então, Jhon, com um brilho em seus olhos cósmicos, proferiu as palavras que causaram arrepios na espinha de todos os seres na nebulosa, palavras que ressoaram através das dimensões e ficaram gravadas nas mentes de todos os líderes.
"QUE OS JOGOS COMECEM."
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Um arrepio percorreu todos os líderes dentro de suas naves, mesmo sabendo que Jhon era filho do Criador Primordial. A frase "QUE COMECEM OS JOGOS" ecoava em suas mentes, repleta de uma ambiguidade aterrorizante. Seria aquilo uma continuação do "jogo" brutal que devastara a Terra? Uma nova série de testes? Ou algo completamente diferente?
O medo se misturava à incerteza. A pergunta silenciosa persistia: "Será que ele fará como o pai? Criará a criação do pai em seu lugar agora?" A maneira como Jhon havia conquistado seu poder, por meio da caça e da absorção, não era exatamente gentil. Mas suas palavras de amor e compaixão contrastavam fortemente.
Dentro do Leviatã, a tripulação, que amava e confiava em Jhon, também sentiu um arrepio. Sabiam de seu poder, de sua capacidade de aniquilar galáxias com um pensamento. Mas também conheciam seu lado protetor, o carinho com que tratava sua família e todos a bordo. Era um paradoxo. O que ele queria dizer com "Os Jogos"?
Jhon, sentindo a apreensão, projetou uma imagem na mente de todos: a de Loli, em sua forma física perfeita, ao lado dele, e a de suas doze esposas, irradiando poder e amor, com seus bebês dormindo pacificamente em seus braços.
"Os 'jogos' a que me refiro não são de destruição, a menos que seja para proteger", esclareceu Jhon, com a voz suavizando, mas ainda carregando o peso de sua autoridade. "São jogos de crescimento, de aprendizado. Jogos onde a verdadeira vitória não é a aniquilação do inimigo, mas a ascensão do espírito. Vocês terão a oportunidade de provar seu valor, de mostrar que aprenderam suas lições. Aqueles que aprenderem, têm meu apoio. Aqueles que não aprenderem... o multiverso tem seus próprios meios de garantir o equilíbrio."
Ele não estava ditando. Ele estava convidando. Convidando-os a transcender seus antigos costumes, a abraçar um futuro de cooperação e crescimento, sob a égide de um novo ser supremo. O jogo agora era sobre evolução, não extermínio.