O tom de Salin não era de arrependimento e isso mexia comigo de formas que eu conhecia bem, mas que só com ele eu conseguia admitir.
— Eu sei, mas ainda estou bravo. — Murmurei, enterrando o rosto no seu ombro. — Mas também estou... excitado. — Confessei, sentindo o corpo dele estremecer. — Você sempre me surpreende.
— Vamos. — disse, retomando o tom sério.
Agarrei sua mão e o arrastei para o carro, e depois, para casa. Eu precisava que ele soubesse que ele era o único lugar onde eu podia ser honesto comigo mesmo.
(...)
Jun-ho não disse mais nada. O silêncio dele não era frieza, mas um peso que deixava o coração de Salin acelerado.
Quando entraram no quarto do casal, Jun-ho não soltou sua mão. Levou-o direto ao banheiro, abriu a torneira e deixou a água correr, espalhando pelo ar o vapor.
— O que você está fazendo? — Salin perguntou, ainda confuso.
Jun-ho apenas tirou o paletó e começou a dobrar as mangas da camisa. Havia refletido durante o caminho até alí.
